Com o aumento da procura por produtos veganos, parece óbvia a tentativa de substituir o famoso couro animal, tão comum na produção de calçados e bolsas. Mas a expressão que popularizou esses produtos é contraditória, pois no Brasil a lei 4.888/65 determina que a palavra ‘couro’ pode ser atribuída somente a pele animal.

Restringir essa palavra tem como intuito auxiliar os consumidores, que podem se confundir na hora de adquirir um produto. Essa discussão também já atingiu outros patamares, como a “carne” vegana, produzida com vegetais, e o “leite” de soja ou coco.

Os produtos alternativos ao couro têm como princípio manter suas características de durabilidade, aparência e textura. Já é possível encontrar tecidos de base sintética, vegetal, fúngica ou bacteriana com esses princípios.

Além de não maltratarem nenhum animal para sua composição, também são menos poluentes. O couro animal utiliza em seu processo de tratamento produtos químicos como o cromo, que se forem negligenciados podem contaminar os reservatórios de água e potencializar o surgimento de doenças.

Algumas alternativas de tecidos substitutos ao couro concentram características que auxiliam o meio ambiente como, por exemplo, são biodegradáveis, deixando uma pegada ecológica mínima com o passar do tempo. Outros, no entanto, concentram os aspectos táteis e visuais do couro, como os laminados sintéticos, mas por serem derivados do petróleo, resultam em impacto negativo ao meio ambiente. Ou seja, nem sempre o “couro” vegano também é um produto sustentável.

Apesar disso, os produtos alternativos vieram para alterar o status do couro animal legítimo, ainda tão arraigado e valorizado no mundo da moda. Seja você amante dos animais, ou preocupado com a sustentabilidade do planeta, ou ambos, os produtos substitutos ao couro animal estão cada vez mais tendo sucesso. Esperamos que continuem assim!